terça-feira, 24 de novembro de 2015

Dicas para facilitar a vida (especialmente das mulheres)

Essas dicas estão disponíveis no site http://sossolteiros.bol.uol.com.br/27-truques-e-dicas-que-toda-mulher-ou-menina-deveria-saber/.

Vale a pena dar uma olhada no site para ver fotos de algumas das dicas. Com relação à dica deles para tirar pêlos das roupas, ainda acho a luva de borracha a melhor solução http://resolveaicy.blogspot.com.br/2015/05/como-tirar-pelos-de-roupa-com-luva-de.html


Confira algumas dicas:

1. Laceie seus sapatos usando meias grossas e secador: coloque meias grossas e depois calce seus sapatos. Nas partes apertadas, deixe o secador agir por uns minutos. Enquanto o sapato esfria, continue com ele nos pés. Caso ainda estejam apertados, repita o processo.

2. Passe esmalte transparente no interior dos seus anéis para não ficar com os dedos verdes, da bijuteria. A técnica do esmalte também serve para brincos, como muitas já devem ter feito.

3. Se você tem espaço e guarda suas bolsas em armário, pendure-as com ganchos de cortina de banheiro. Assim elas ficam organizadinhas e nem um pouco amassadas.

4. Vinho branco neutraliza manchas de vinho tinto. Se cair vinho tinto em sua roupa, jogue vinho branco por cima e deixe secar naturalmente. O vinho branco ajuda a tirar a mancha causada pelo vinho tinto.

5. Gele seu vinho branco com uvas congeladas. Não deu tempo de colocar a garrafa de vinho para gelar, use essa técnica...afinal, colocar gelo no vinho não rola, né? Fora que fica uma graça na hora de servir.

6. Grude rolhas de vinho em um quadro/moldura, para fazer um quadro de cortiça super estiloso.

7. Passe o pincel do seu rímel debaixo de água quente para facilitar a aplicação.

8. O clássico: passe cubos de gelo no cabelo para desgrudar chiclete (quem era pequena e nunca ouviu a mãe dizer isso, ou mesmo fazê-lo?).

O site SOS Solteiros (link lá no começo do post) tem outra dicas, só separei as que eu achei mais legais ;)




quinta-feira, 15 de outubro de 2015

"Danoninho"

Pois é, o verão AINDA não chegou, mas o calor está inclemente. Uma dica de receitinha rápida, fácil e para comer geladinha é "danoninho". Anota aí:

Ingredientes:

2 latas de creme de leite sem soro
1 lata de leite condensado
1 saquinho de suco de morango (pó)
1 copo de iogurte natural


Bata todos os ingredientes no liquidificador. Despeje em potinhos individuais e leve à geladeira.

Ridículo de fácil, né?

Ah, para tirar o soro do creme de leite, coloque a lata no congelador e espere uns 30-40 minutos. O creme de leite irá ficar mais consistente e o soro sai super fácil ;)

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Como usar salto alto sem que o sapato “assassine” os nossos pés?

Meninas, não testei as dicas, mas parecem bem interessantes. O texto é do site http://revistamarieclaire.globo.com/Moda/noticia/2015/09/6-truques-para-deixar-os-saltos-altos-mais-confortaveis.html

Se tem uma pergunta que toda mulher busca pela resposta é: como usar salto alto sem que o sapato “assassine” os nossos pés? Especialista nesse assunto, a designer Marissa Webb contou ao site Who What Wear alguns segredinhos que todo bom profissional tem na manga.

Segundo ela, um salto alto de nada serve se não é possível caminhar sobre eles. “A dificuldade acaba com qualquer estilo e beleza”, diz. Confira a seguir os truques aos quais ela já recorreu em inúmeras situações – e foi salva!

1. “Na dúvida, escolha o maior”
2. “Nem todo salto precisa ser super alto”
3. “Reveze entre diferentes estilos”
4. “Mesmo os saltos confortáveis podem se tornar desconfortáveis em algum momento”
5. “Leve algodão na bolsa”
6. “Nunca escolha um salto novo para um grande evento”


Se você tiver que escolher entre um par bem justo e outro mais larguinho, não pense duas vezes: opte pela segunda opção. De acordo com Marissa, acreditar que o modelo vai lacear em algum momento é um grande engano. Antes optar por uma palmilha de silicone, que ajusta o calçado em instantes, do que sofrer na expectativa de que o sapato ou sandália uma hora vai se adapte ao formato do seu pé.

Um salto não precisa ter mais do que 10cm de altura. Os famosos “kitten heels” (saltos de gatinha) funcionam quase como uma flat. “Eles não colocam muita pressão sobre a sola frontal do pé, que é a grande fonte de desconforto”, diz Marissa.

Dê algumas pausas no uso dos sapatos de salto com bico fino. Intercale o modelo com os de bico arredondado e os abertos na frente. Os finos podem até ser mais bonitos, mas com certeza não vão ser bons para os seus dedos.

Mesmo que você ache que está usando o sapato mais confortável do mundo, é preciso se preparar para o incômodo depois de algumas horas. Por isso, lance sempre mão de uma palmilha acolchoada e de bolinhas de algodão que devem ser colocadas entre os dedos.

“Descobri esse segredo em um hotel, prestes a sair para um evento. Eu não tinha como achar palmilhas de calcanhar e o meu sapato estava saindo do pé. Enchi o meio dos dedos com bolinhas de algodão e funcionou como ajuste perfeito.”


Quando você ainda não desenvolveu um relacionamento com um sapato, ele certamente irá estragar a sua noite e te lembrar que o seu calcanhar existe. Portanto, estreie os novos pares em eventos mais curtos para só depois arriscá-los em algo mais longo.

Se alguém testar alguma das dicas, depois conte como foi ;)

domingo, 13 de setembro de 2015

Transporte Aéreo de Animais

O texto sobre transporte de animais foi retirado do site: http://www.webanimal.com.br/cao/index2.asp?menu=transporte.htm

Galera, atenção: a data de validade das vacinas e dos atestados veterinários pode variar de acordo com a cia aérea escolhida. Além disso, eles podem ser enviados como "encomendas" por certas companhias. 

Existem muitas dúvidas quando se pensa em viajar de avião e levar junto um animal de estimação. Realmente haverá um estresse natural, seja qual for a espécie, mas se essa for a única opção, é bom ter conhecimento de como funciona o transporte aéreo de animais. Existem regras internacionais para o transporte de animais vivos que garantem o bem-estar dos bichos. E cada país possui sua própria regulamentação para esse tipo de transporte.

Por isso, é necessário obter todos os dados sobre os documentos necessários junto ao Consulado do país de destino e a companhia aérea, antes de pensar em levar o animal.
Para embarcar, há dois caminhos: no 'check in' da companhia aérea, se o peso do cão somado ao da caixa de transporte (container) não ultrapassar 15 quilos, ou pelo Terminal de Carga da empresa, se o peso estiver acima desse limite. Para animais despachados no 'check in', o proprietário pagará seu peso como excesso de bagagem. Aqueles despachados no Terminal de Cargas deverão ser cobrados por peso ou cubagem. No valor a ser pago, está incluído um seguro.

Os animais devem ser transportados em containers de fibra com tamanho suficiente para que possam efetuar o movimento de 360 graus em seu interior. Deve haver compartimento para água e comida e o piso deve estar forrado com material que absorva os dejetos. Existem vários modelos de caixas de transporte à venda em pet shops. Só é permitido um animal (cão ou gato) por caixa, dois se forem filhotes até 45 dias de vida. Para outras espécies existe um número limite também.
Todos os animais serão transportados no porão da aeronave, cuja temperatura é de 22o.C. Embora essa seja a regra, algumas companhias aéreas podem permitir que o animal viaje com o passageiro ou na cabine do piloto (dentro da caixa de transporte). Tudo dependerá da política da empresa.

A necessidade de sedação deve ficar a critério do veterinário que cuida do animal. Normalmente não é necessária e a companhia aérea não faz essa exigência. Em viagens longas, com conexão, os animais são alimentados antes de partir e na chegada, nunca durante o vôo, pois estarão no compartimento de carga, onde não há acesso.
Cada país possui uma legislação específica que estabelece a documentação necessária para o transporte de animais. Ela deve ser apresentada à empresa transportadora, no ato do despacho do animal. No Brasil, de acordo com o Decreto no 24.548 de 03.07.34, é obrigatório que o passageiro apresente, por ocasião do embarque, a seguinte documentação:

CÃES e GATOS:
- Atestado de Sanidade expedido por Médico Veterinário até 03 (três) dias antes da data do embarque;
- Atestado de Vacinação anti-rábica atualizado (até um ano antes da data de embarque) para animais com mais de 04 meses de idade;

ANIMAIS SILVESTRES NACIONAIS
- Autorização do IBAMA/DF;
- Atestado de Sanidade expedido por Médico Veterinário até 03 (três) dias antes da data do embarque;
- Guia de Trânsito Animal (essa guia somente será emitida por Posto de Vigilância Agropecuária - PVA, quando da apresentação dos documentos citados acima).

ANIMAIS SILVESTRES ESTRANGEIROS (EXÓTICOS)
- Autorização do IBAMA/DF;
- Guia de Trânsito Animal (essa guia somente será emitida por Posto de Vigilância Agropecuária - PVA, quando da apresentação da autorização citada acima).
Embora o proprietário do animal possa cuidar sozinho de todos os detalhes e documentação para o transporte do seu animal, existem empresas especializadas em logística que se encarregam desse serviço, o que torna o processo bem mais fácil.

Dados do site TAM Cargo (http://www.tamcargo.com.br/vgn/v/index.jsp?vgnextoid=3c98afe725862310VgnVCM1000009508020aRCRD)
Documentação: 
Cães e Gatos:  Atestado sanitário (saúde ou vacina) com validade até 10 dias, fornecido por um Médico Veterinário qualificado e devidamente registrado em órgão de classe, certificando que o animal encontra-se com condições adequadas para o transporte aéreo.

Tabela obtida no site da Gollog (http://www.voegol.com.br/gollog/dicas-de-envio/animais-vivos/Paginas/default.aspx)

Voos domésticos:
Documentação voo nacionalDescriçãoValidade
Atestado SanitárioDeve constar que o animal está em boas condições de saúde.Válido por 10 dias após a data da emissão.
Carteira de vacinaçãoObrigatória para animais a partir de 3 (três) meses de idade.        Deve ter sido aplicada há mais de 30 (trinta) dias e menos de 1 (um) ano.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Dica para não embaçar o vidro do carro em dias de chuva

Essa dica eu peguei do site "SOS Solteiro" (que, por sua vez, pegou do canal Manual do Mundo) e é mega simples: Você só vai precisar de sabão liquido (ou qualquer tipo) e um pedaço de papel toalha (ou algo semelhante).

Passo a passo: Coloque sabão liquido (o famoso detergente) em um pedaço de papel toalha e espalhe no vidro, até desaparecer. Pronto! Para fazer o teste é só desligar o ventilador do carro. Pode confiar, o local onde você passou o sabão não vai embaçar.

A mágica acontece porque o sabão quebra a tensão superficial da água, impedindo que as gotículas de vapor se acumulem no vidro. 

A dica é perfeita para os carros que não têm ar condicionado (como o meu), principalmente para quem não tem desembaçador traseiro.

http://sossolteiros.bol.uol.com.br/dica-ridiculamente-simples-para-evitar-vidro-embacado-em-dias-de-chuva/

https://youtu.be/vOWd7XW9X_I (vídeo do canal Manual do Mundo)

sábado, 15 de agosto de 2015

Meu celular molhou: o que eu faço?

Essa é uma daquelas dicas antigas, mas que valem a pena divulgar de novo. Quando um celular é molhado o funcionamento do aparelho pode ser comprometido e o primeiro pensamento que passa pela cabeça é: “Poootz, vou gastar uma grana pra comprar um novo”. No entanto, antes de fazer isso, é possível tentar recuperá-lo com algumas ações bastante simples.

Primeiro, retire IMEDIATAMENTE o aparelho da água e o seque-o externamente da melhor maneira que conseguir. Caso o celular ainda esteja ligado, desligue-o.

Depois, tire a bateria e o SIM card e seque-os. Seque o celular novamente para retirar o máximo possível da água (usar papel toalha é o ideal para que a água seja bem absorvida).

Agora a parte mais importante: Como retirar a água do aparelho completamente? A forma mais recomendada pelos técnicos é deixá-lo no arroz cru, pois as sementes do arroz  possuem a habilidade de absorver a umidade (tanto que a maioria das pessoas coloca alguns grãos no sal para não deixar que ele fique úmido, especialmente quem mora no litoral).

Deixe o aparelho completamente “mergulhado” em um pote com os grãos por 24 (vinte e quatro) horas - sorry, vai ser 1 dia "sem celular". Depois coloque o aparelho no sol por algum tempo – o ideal é cobri-lo com algum tecido fino, com cuidado para não superaquecer o aparelho. Se não quiser arriscar deixando o aparelho no sol, também é recomendado deixá-lo em frente a um ventilador.


Obviamente essas dicas podem não ser úteis para todos os casos de celulares molhados, mas antes de levar o aparelho a uma assistência técnica ou mesmo comprar um novo, vale a tentativa. Acho que seu bol$o vai agradecer ;)

sábado, 8 de agosto de 2015

Mousse de chocolate

A ideia, hoje, não era postar outra receita e sim uma dica para facilitar o dia a dia, mas, atendendo a pedidos, coloco aqui a receita do "meu" mousse de chocolate, que é fácil de fazer e fica delicioso ;)
  
Ingredientes:

3 gemas
3 claras em neve
3 colheres de açúcar
1 lata de creme de leite (sem soro)
1 tablete (+/- entre 170 e 200g) de chocolate meio amargo
  

Preparo:

Bata as gemas com 2 colheres de açúcar, até ficar um creme esbranquiçado. Acrescente o creme de leite.

Derreta o chocolate em banho-maria e depois misture ao creme. Reserve.

Bata as claras em neve, depois que estiverem firmes, acrescente a outra colher de açúcar. Bata bem.

Acrescente suavemente as claras em neves ao creme (misture de cima para baixo).





sexta-feira, 31 de julho de 2015

Bruschetta de salmão defumado com ovos mexidos

"Bruschetta de salmão defumado com ovos mexidos? E isso aí fica bom?", você me pergunta. A resposta é um imenso SIM!!! Pode parecer uma combinação bizarra, mas a verdade é fica bom de verdade e o salmão e os ovos se harmonizam perfeitamente.

Em dezembro de 2011, assistindo a um programa natalino do chef inglês Gordon Ramsay (que apresenta, entre outros, Hell's Kitchen, Kitchen Nightmares, Masterchef, entre outros), fui brindada com o que ele serve de "café da manhã" de Natal para a família dele: as bruschettas deste post.

Ele costuma usar croissant cortado ao meio, mas eu gosto mais com pão sovado (pão italiano também rola, mas acho a massa muito "dura") e, na falta de opção, pão de fôrma mesmo.

Enfim, a "receita" é bem simples e você vai precisar de:

Pão sovado cortado em fatias (o tamanho da fatia vai do gosto de cada um, eu corto na espessura de +/- 2 dedos) - ou o pão que você preferir;

Salmão defumado (você encontra com certa facilidade nos supermercados e a bandeja, geralmente de 100g, vem com cerca de 4 fatias do salmão);

Ovos (minha medida é de 1 ovo para cada 2 bruschettas).

"Ok Cy, você me convenceu que a mistura pode ser boa, como eu preparo?" Simples:

Toste a fatia do pão escolhido, para ele ficar ligeiramente crocante na parte de fora e macio por dentro. Você pode colocar na tostadeira, saduicheira, usar a frigideira ou o que for mais fácil;

Faça os ovos mexidos do seu gosto - o Gordon Ramsay coloca salsinha, cebolinha e outras coisas verdes que eu não coloco (fico "conversando" com elas depois :P) - eu uso basicamente um pouco de sal e, às vezes, uma pitada de pimenta do reino;

Pegue uma fatia do pão tostado, coloque uma fatia do salmão defumado e, por cima, um pouco do ovo mexido.

Pronto, é isso aí: receita fácil, gostosa e que vai surpreender. Só um aviso, as coisas ficam rápidas super depressa, então cuidado para não queimar o pão ;)

Espero que vocês gostem da receita...eu adoro ;)



sábado, 25 de julho de 2015

Panqueca Americana

Sabe aquele dia que você quer fazer um café da manhã diferente, especialmente depois de ver um filme com o pessoal comendo panquecas com Maple Syrup? Então, segue a receita da "panqueca americana". Se você não tiver Maple Syrup, pode substituir por mel, geléia, nutella e até mesmo a boa e velha manteiga. Fácil de fazer e bem gostosa.

PANQUECA AMERICANA

·         1 xícara e 1/4 de chá de farinha de trigo
·         1 colher de sopa de açúcar
·         3 colheres de chá de fermento em pó
·         2 ovos levemente batidos
·         200ml de leite
·         2 colheres de sopa de manteiga derretida
·         Pitada de sal
·         Óleo para untar

1.    Misture em um recipiente a farinha, o açúcar, o fermento e o sal
2.    Em outro recipiente misture os ovos, o leite e a manteiga
3.    Acrescente os líquidos aos secos, sem misturar em excesso
4.    O ponto da massa não deve ser muito líquido, deve escorrer lentamente

5.      Aqueça e unte a frigideira e coloque a massa no centro, cerca de 1/4 xícara por panqueca





terça-feira, 21 de julho de 2015

Como se livrar do mau cheiro da lixeira da cozinha

Por mais que a gente limpe, a maioria das vezes a lixeira da cozinha fica com um cheiro desagradável, atraindo mosquitos, moscas e formigas (isso sem falar nas horrendas baratas, que podem surgir também). Para evitar isso, seguem três dicas para acabar com o mau cheiro: 1. Usar bicarbonato de sódio; 2. Usar borra de café ou 3. Usar vinagre.

1. Experimente colocar algumas colheres de bicarbonato de sódio (o pó seco) no fundo da lixeira e um pouco no saco de lixo novo. A natureza alcalina do bicarbonato de sódio vai absorver odores desagradáveis como os de comida estragada, por exemplo.

2. Caso você não tenha bicarbonato de sódio, borra de café também serve para essa finalidade.

3. Se nenhuma das opções anteriores funcionar, encha um borrifador com vinagre branco e borrife as paredes do interior da sua lixeira (se você tiver uma água oxigenada em mãos, aplique algumas gotas). Após isso, use um pano velho para esfregar o vinagre dentro da lixeira. Por último, lave o interior com água quente.


Já testei o bicarbonato de sódio e o vinagre. Os dois funcionam super bem. Se alguém usou a borra de café, depois me conte se funcionou ;)

sábado, 11 de julho de 2015

Rocambole de carne moída

Continuando com as receitinhas fáceis e gostosas, hoje é dia daquela receita prática para um almoço ou jantar.

Ingredientes:

1 Kg de carne moída de sua preferência (eu costumo usar patinho)
1 pacote de creme de cebola (eu peneiro, para tirar as cebolas desidratadas)
1 ovo
300 g de mussarela
300 g de presunto
Sal e pimenta do reino a gosto (você também pode colocar outros temperinhos)

Misture bem a carne moída com o creme de cebola, o ovo, o sal e a pimenta (e os outros temperinhos que você quiser). Depois, abra um quadrado de filme plástico e coloque a carne por cima, abrindo até formar um quadrado. Vá colocando o queijo e o presunto, intercalando os dois.

Agora, vá dobrando o rocambole com o filme plástico, puxando-o para fora (para ajudar a formar o rocambole). Por fim, coloque o rocambole em uma fôrma untada com manteiga e leve ao forno médio por 40 minutos, primeiramente (cerca de metade a 2/3 do tempo) coberto com papel alumínio, depois sem, para dourar.

Prontinho, agora é só servir ;)


(PS: a foto do rocambole não é minha, mas é para vocês terem ideia de como ele fica. E, nessa foto, a pessoa colocou algumas fatias de bacon em cima do rocambole, o que também fica muito bom)



quarta-feira, 8 de julho de 2015

Ih, não deu para lavar o cabelo para o dia seguinte...o que eu faço?

Sabe aqueles dias que você chega tarde em casa e não quer lavar o cabelo (porque detesta secador mas não quer dormir com o cabelo molhado, etc.), mas também não quer estar com o cabelo oleoso no dia seguinte?

Ao invés de gastar uma fortuna com os "shampoos a seco", que além de tudo ainda deixam resíduos, use talco!!!

Isso mesmo, talco!!! Jogue um tanto de talco em cima da cabeça, dê uma "agitada" com os dedos (como se você estivesse esfregando o shampoo no banho) e penteie/escove, para tirar o excesso de talco.

Depois disso, é só dormir tranquilamente, que o resto do taco sai durante o sono. De manhã, seu cabelo estará sem aquele aspecto de sujo (e muitas vezes melhor do que se você o tivesse lavado na noite anterior).


Pronto, aí é só pentear/escovar do melhor jeito e ir fazer o que você tiver que fazer naquele dia ;)



sábado, 4 de julho de 2015

Bolo Cremoso de Milho

Continuando com as receitinhas fáceis e gostosas, hoje é dia de bolo cremoso de milho!!! Quem me passou essa receita - que não vai farinha - foi a querida Bia Mioni, nos idos de 2010.

Vamos aos ingredientes:

1 lata de leite condensado
1 lata de milho verde (SEM a água)
50 g de coco ralado (se você não gosta de coco, não precisa colocar)
3 ovos
1 colher (chá) de fermento em pó
1 colher (sopa) de manteiga

E agora, como eu preparo? Simples: bata tudo no liquidificador!!! Depois, numa fôrma untada com manteiga e farinha, leve ao forno médio por cerca de 40 minutos.


Super simples e fácil, fora que  cai super bem com um café...nham nham




segunda-feira, 29 de junho de 2015

Para "acalmar" picadas de insetos

Obviamente, o dia que eu esqueço de passar o repelente é o dia que tomo uma picada na mão...geralmente uso o santo Nebacetin para auxiliar com a inflamação.

Mas, dias atrás, li que passar esmalte incolor ajudava com os incômodos da picada. Para mim, não serviu de nada, continuou doendo, coçando e inflamado.

No entanto, lembro de quando eu era pequena e passava minhas férias em Peruíbe: sempre que a gente tomava picada de algum pernilongo (a.k.a. mosquito), a tia Isaura nos passava arnica (que hoje em dia tem o nome chique de "tintura de arnica").

Que nada mais era que folhas de arnica curtidas em álcool. E funcionava que era uma beleza.


Achei uma receita, que é ridícula de fácil: 100 grama de folhas de arnica + 1 litro de álcool. Deixe curtir por alguns dias e, voilà, "tintura de arnica" pronta. Dizem que o ideal é guardar num recipiente escuro, para durar mais...não sei se é verdade ou não, mas não custa avisar ;)

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Depressão - Transtorno de Humor Depressivo

Para finalizar (pelo menos por enquanto) os posts sobre saúde mental, hoje conto com a ajuda de um amigo querido, o Dr. Adriano Pires, que fez a gentileza de relatar um caso clínico do qual teve conhecimento, bem como algumas colocações suas sobre o tema.

“E se eu acelerar mais o carro e bater no muro? O desespero irá acabar. Já não consigo mais viver mesmo, não vai fazer diferença.”

Apesar destes pensamentos e tantos outros assombrarem X por semanas, e de sua formação médica, ele(a) não foi capaz de entender o que acontecia com ele(a).
        
X sempre teve muitos amigos e, na verdade, faz amizades muito facilmente, e estava constantemente cercado(a) deles. X gostava de sair, ir a festas, teatros, museus. Mesmo sozinho(a). Adorava caminhar ao sol e à beira-mar, sabia apreciar um sorvete e um bom prato.

Apesar das dificuldades financeiras por que passou, X foi aprovado(a) para uma bolsa em uma faculdade de Medicina de renome, durante a qual foi representante de turma e membro ativo dos órgãos de representação acadêmicos.

X era relativamente bem conhecido(a) por grande parte dos colegas de faculdade, e viam-lhe como uma pessoa dedicada e de valor, sendo convidado(a) a ser orador(a) de turma. Talvez fosse o que as pessoas chamassem de “feliz”.

Não parecia haver motivo para a tristeza intensa que sentia. Mas bastava estar sozinho(a) consigo mesmo(a) e aquele desconforto aparecia.

X sempre foi muito crítico(a) consigo e com a sociedade. X não admitia cometer erros e tolerava os de outrem. Logo, sempre estava questionando seu papel no mundo, na sociedade, o porquê de estarmos vivos, e sempre chegava à conclusão de que não fazia muito sentido em estar vivo(a).

X via-se como um quebra cabeças em que faltam peças, perdidas havia muito tempo e ele(a) não sabia onde, mas que faziam muita falta. Vivia sempre em busca dessas peças. E isso lhe causava desconforto, sensação de estar sempre no lugar errado, sensação de ausência de estar- estava ali mas, ao mesmo tempo, não estava. Não achava seu lugar no mundo. E o desconforto, a sensação de ausência de parte de si, eram constantes. Afinal, pode-se fugir de tudo, menos de si próprio.

Desde cedo, também, os pensamentos sobre morte lhe acompanhavam. “E se esse ônibus me atropelasse? Será que a dor passaria?”; “E se caísse ‘acidentalmente no trilho do metrô, talvez o sofrimento acabasse'”.

Ainda assim, X era capaz de manter seu trabalho e seus relacionamentos de maneira que muitos achariam saudável. A impressão era de viver uma vida dupla: por um lado, ativo(a), inteligente e amigável; por outro, desconfortável com o simples fato de estar vivo(a).

Desde muito cedo em sua vida, a auto-imagem de X foi de absoluto menosprezo. Achava-se incapaz de aprender o que quer que fosse - apesar de ser um(a) dos melhores alunos(as) da escola; acreditava ser fisicamente repulsivo(a) e que jamais teria qualquer chance de sucesso em sua vida, não importasse o que fizesse.

Ao contrário do que se poderia pensar, tais fatos não têm relação direta com sua criação; os pais de X lhe ofereceram, dentro de suas escassas possibilidades, o melhor de que dispunham. Em suma, X acreditava piamente ser um ser completamente desprezível e descartável.

E tudo transcorreu dessa maneira por talvez vinte anos, sem que X se desse conta de qualquer coisa. Mas o desconforto consigo aumentava, chegando ao ponto de desejar morrer por qualquer causa, mas sem jamais ter passado por sua mente a idéia de que ele(a) mesmo(a) deveria ou poderia fazê-lo.

X iniciou uma especialização médica, algo que desejava profundamente e pelo qual se esforçou muito. Ótimo salário, ótimos professores, colegas formidáveis. Mas a sensação de ausência de sentido lhe acompanhava. X passou a não fazer sentido para si mesmo(a). Desistiu da especialização após três semanas. Sua família, amigos e professores simplesmente não entenderam. Na verdade, nem mesmo X entendeu.
        
A sensação de ausência de sentido havia aumentado a ponto de X sentir que havia um vazio em seu corpo, como se sua alma houvesse sido retirada e sobrasse apenas um jarro vazio. Não dormia e, quando conseguia alguns momentos de descanso, tinha pesadelos; não se alimentava e não via qualquer prazer nas atividades de que antes gostava, como ler, clinicar ou cozinhar.

X arranjava desculpas para permanecer em casa sempre que possível e evitava ao máximo o contato com pessoas. Ainda assim, X trabalhava e ia a festas quando absolutamente necessário, não demonstrando qualquer sinal de tamanha tristeza. Sorria, conversava, contava histórias...agia normalmente. Mas apenas por fora. Ao voltar a si mesmo(a), os questionamentos e os tormentos retornavam.

Poucos dias depois de desistir de sua especialização, ao chegar em casa à noite, X se deparou com seu(sua) cônjuge. Aquele dia havia sido especialmente difícil, pois os pensamentos sobre como acabar com sua própria vida já haviam surgido, sem que de fato se desse conta.

X lembra de ter sentido tontura durante todo aquele dia. De tão perdido(a) que estava, tudo o que conseguiu dizer a ele(a) foi:”Quero me separar.” Não havia qualquer motivo aparente para tal; afinal, haviam se casado há poucos meses. X jamais demonstrara qualquer sinal de insatisfação conjugal.

A sensação de ausência de sentido de existir de X era tamanha que apenas duas coisas passavam por sua cabeça: 1) preciso achar sentido em estar vivo(a) ou vou acabar com tudo isso; 2) Não quero trazer a melhor pessoa que conheci em minha vida para este meu inferno pessoal. Prefiro dar-lhe a oportunidade de ser feliz com outro(a), para que não sofra comigo.

Ao retornar após uma festa de casamento (o pior programa possível para um deprimido!), X deparou-se com uma casa vazia. Seu(sua) cônjuge havia retirado seus pertences da casa. Ao notar isso, X se despedaçou. Caiu de joelhos, no escuro, em choro convulsivo. “Meu Deus, alguma coisa está errada, e não sei o que é. Mas o Senhor já me abandonou. Todos me abandonaram. Não há mais o que fazer neste mundo.” Estava decidido(a), não passaria daquela noite. Sabia o que e como faria.
          
X ligou para seu(sua) cônjuge e disse-lhe que ele(a) era a melhor pessoa do mundo, que sentia por tê-lo(a) feito sofrer e que não se preocupasse, pois iria resolver tudo naquela noite e não seria mais um peso no mundo. Num lampejo de lucidez, X ligou a um grande amigo e disse algo semelhante mas, no final, pediu-lhe socorro. E ele atendeu, foi à casa de X. Conversaram noite adentro, ele levou X para sua casa, deu-lhe de comer (havia quase dois dias que X não se alimentava) e lhe acalmou. Mas os pensamentos sobre deixar de viver não cessaram.

No dia seguinte, X retornou ao trabalho. Atendia em uma empresa localizada em grande rodovia. Tráfego em alta velocidade. E, mais uma vez, aquela vontade, aquela ausência absoluta de sentido:”Vamos lá! Acelere; 110, 120 150, 160km/h. Basta um muro, um poste. E pronto, o sofrimento acaba”. X conseguiu resistir, diariamente, por uma semana.

X pediu a seu(sua) cônjuge para que retornasse para casa. Sentia sua falta. Ele(a) aceitou, acreditando que a contra-gosto. Mas percebeu que algo estava errado. E X percebeu que o(a) estava fazendo sofrer, o que aumentava ainda mais sua sensação de culpa e de inutilidade, e logo, a necessidade de morrer. Na manhã seguinte, o mesmo pensamento lhe assombrava. X prometeu a si mesmo(a) que iria dar fim à sua vida ao retornar do trabalho. Estava decidido(a).

No meio da manhã de atendimentos - onde X se comportou normalmente, sendo gentil com os pacientes e equipe, apesar de todo o planejamento que tinha- recebeu uma mensagem de seu(sua) cônjuge dizendo haver agendado um Psiquiatra para ele(a) para o dia seguinte. X diz que não se esquecerá: era dia 13 de abril, às 17:30.

X pensei: "Esta é minha última tentativa.” Até o momento, X havia perdido 8kg em 3 semanas, pois mal se alimentava, e não dormia mais de 3 horas por noite. A sensação de ansiedade e de inadequação eram constantes. Ainda assim, não havia qualquer suspeita de sua parte, de seu(sua) cônjuge ou familiares de que estava doente.

A consulta na tarde seguinte foi primorosa. X não escondeu nenhum detalhe. Não havia por quê. Na faculdade, X aprendeu que o diagnóstico, dito a uma pessoa, pode ajudá-la ou derrubá-la Neste caso, ajudou-lhe.

Escutar:”Você está com depressão grave.” libertou-lhe. Então, X não era um(a) desajustado(a), um ser desprezível e descartável; apenas estava doente. Iria tomar remédios e melhorar! X relata que chorou, de alegria e tristeza.

Seria ele(a) um(a) fraco(a), por isso estava assim? Deveria aceitar-se deprimido(a) ou deveria lutar contra isso? Mas como lutar, se não tinha forças para viver? Como contar às pessoas que estava com depressão? Ficaria viciado(a) em alguma das medicações? Será que algum dia iria melhorar? Outro drama começava.

X Iniciou as medicações exatamente conforme a prescrição. Apesar de saber como manipulá-las, permitiu-se ser paciente e não médico(a) de si mesmo(a), e obedecer às orientações.

Devido ao risco de suicídio, X teve que ficar em vigilância constante. As opções eram a casa de seus pais ou internação em ala psiquiátrica. Optaram, X, seu(sua) cônjuge e seu Psiquiatra, em tentar a casa de seus pais. Tinha medo de piorar, em um hospital psiquiátrico. Afinal, “não sou louco”- mais um preconceito do que uma certeza.

Nesse ponto, faz-se necessário um esclarecimento do Dr. Adriano Pires: Medicações antidepressivas necessitam de um período para iniciar seus efeitos, chamado de latência. Isto dura em torno de 15 dias, período em que pode até mesmo haver piora dos sintomas.

Voltando a X: Relata que os primeiros 12 dias de medicação foram absolutamente desesperadores, na falta de outra melhor para descrever o que se passou. Costuma dizer que, se existe inferno, ele(a) o conheceu.

Sua cabeça tornou-se uma tempestade terrível e contínua. Era como se houvesse um rádio fora de estação, zunindo, a cada segundo de cada dia, no volume mais alto, em seus ouvidos. E nada abafava esse ruído. X perdeu completamente a noção de ser ele(a) mesmo(a).

Seus pensamentos eram tormentosos e desajustados, não faziam qualquer sentido, bagunçados. Não sentia fome. Não sentia tristeza, alegria, raiva, sono: simplesmente não sentia. Nem a pior discussão ou xingamento lhe alterava: estava anestesiado(a), dormente, incapaz de sentir o que quer que fosse.

Passava os dias e noites sentado(a) na varanda da casa, olhando o nada e tentando calar o barulho ensurdecedor dentro de sua cabeça. Rezava, pedindo a Deus para acabar com aquilo ou consigo, mas para que tudo simplesmente acabasse. Sua alma doía. A dor era insuportável e lhe acompanhava em todos os momentos, pois não havia como fugir de si mesmo(a).

Por dias, não se banhou ou manteve hábitos simples de higiene. “Para quê? Vou ter de levantar daqui, caminhar, tirar a roupa, abrir o chuveiro, me ensaboar, depois enxugar...Para quê? Por quê? Não...”. Pelo mesmo motivo, não se alimentava. Pensar em ter que mastigar a comida lhe parecia um esforço titânico. Era melhor ficar ali, quieto(a), e esperar até morrer.

Some-se a isso a fase de adaptação de X às medicações. Utilizava dois antidepressivos, uma medicação para dormir e diminuir a ansiedade (mais uma colocação do Dr. Adriano Pires: sim, um depressivo pode se tornar ansioso à medida que se vê incapaz de lidar com situações simples, como escovar os dentes) e outra para diminuir as chances de suicídio.

As doses foram sendo aumentadas conforme o passar dos dias. Os efeitos adversos eram realmente muito ruins. Entre os médicos, corre a lenda de que uma doença, quando se manifesta em um médico, é muito pior. A isso chamam de “Efeito CRM positivo”. X acredita que não deve haver verdade maior. Todas as medicações mostraram seus efeitos colaterais e adversos. Náuseas, diarreia, tremores, tonturas, fraqueza, cansaço muscular. Alguns, como o desarranjo intestinal e a náusea, passaram após alguns dias. Outros, mantém-se.

Certo dia, nesse período, ao acordar, X não conseguia se mover. A sensação beirava o indescritível, mas X faria seu melhor. Era como se ele(a) não estivesse lá. Ele(a) era apenas um jarro, um recipiente vazio em cima de sua cama; um amontoado de carne e ossos sem vida, como numa vitrine de açougue.

Olhava para o teto e tentava juntar forças para mover-se, mas que força havia? X Lembra de ter pensado: “Então é isso. Isto é depressão. Cheguei ao fundo de mim mesmo, e não sei se haverá volta.”. Relembrava cada episódio triste de sua vida e se perguntava onde havia se perdido. Quando foi mesmo que deixei de existir- se é que um dia existi de verdade?

Nisso, o telefone tocou e era seu(sua) cônjuge, dizendo que iria lhe buscar para levar X a um centro religioso. Era difícil falar ao telefone. Apenas lhe pediu ajuda. Quando chegou, ajudou-lhe a chegar ao banheiro para X banhar-se e trocar-se. Havia permanecido na mesma posição, no escuro, por mais de oito horas e talvez ficasse ali por muitas outras, caso ele(a) não houvesse lhe ajudado.

Grato foi o dia em que descobriu que, se colocasse música bem alto nos fones de ouvido e se tentasse, com muita força, prestar atenção apenas nisso, o ruído diminuía. Desde então, a música acompanha-lhe em grande parte de seus dias e noites. Tentou ler, em vão. Tentou livros de colorir; não passou dos primeiros traços. Tudo era insuportavelmente difícil, pesado, estafante e inútil. “Para quê, afinal? Já estou morto(a) por dentro.”.

Após 10 dias de medicação, X começou a ouvir uma voz dentro de si, ao rezar, que lhe ajudava e aconselhava. Essa voz - consciência, anjo, guardião, guia, mentor - lhe acompanha até hoje e lhe deu os melhores conselhos possíveis.

No exato 13º dia de medicação, à noite, X pegou-se, repentinamente, quieto(a), quase confortável, sentado(a) à mesa da cozinha, escutando música. Foi estranho. Havia silêncio. O ruído passara, ou diminuíra muito. Deus, que sensação boa! Que alívio! Sentiu-se “alegre”. Nessa noite, X teve medo de dormir. Para o depressivo, cada dia é um dia, e todos são diferentes. Pode-se estar muito bem em um e, no outro, acordar como se o mundo houvesse deitado em cinzas. Esse medo lhe acompanha até hoje.

X passou aproximadamente um mês e meio na casa de seus pais, que foram extremamente cuidadosos e receptivos, assim como seu querido irmão, que vive com eles. Seu(sua) cônjuge lhe visitava ocasionalmente, o que lhe fazia muito bem.

Mais uma colocação importante do Dr. Adriano Pires: o deprimido não gosta de si próprio, e acha que é inútil no mundo. Mostrar que se gosta dele, que ele é uma pessoa digna de carinho (e não de pena!) é extremamente importante. É comum, também, que o doente queira companhia, mas que esteja incapaz de pedir por isso. Lembre-se: é uma situação de dormência completa. Se comer é muito esforço, pedir companhia, então, é impossível. Ofereça-o companhia. Fique ao seu lado, lendo um livro ou escutando música. Às vezes, quem sofre de depressão só quer um corpo próximo ao deles, como que para os lembrar de que estão vivos.

Importante dizer que se o depressivo quiser conversar, eles o farão. Não fique “puxando assunto” ou dizendo que a pessoa está “muito quieta”. Acredite, ela sabe. E também se incomoda com isso. E ouvir isso causa ainda mais incômodo e culpa.

Mas se há algo que mina qualquer esperança de melhora ou, ao menos, de não piora, são dizer-lhe frases como: "É, você nunca conseguiu lidar bem com pressão, coitado”; “Levante dessa cama!”; “Vá tomar um banho, penteie esse cabelo, credo!”; “Vamos sair, você precisa tirar sua mente disso!”(por melhor que seja a intenção). Mas jamais, repito, jamais, diga que o deprimido é um fraco, que não sabe lidar com seus problemas, que só quer atenção ou que isso é frescura. Como em tudo na vida, se não se sente hábil a compreender um fenômeno, apenas cale-se. Comentários como esses podem, de fato, causar piora tão grande a ponto de a pessoa encontrar o suicídio como única saída.

X relata que receber mensagens de amigos lhe convidando para sair, por mais que não soubessem de seu problema, lhe dava certo alívio e mostrava que ele(a) deveria ter alguma importância. Era como se seu valor no mundo estivesse à prova: se ninguém sente minha falta, sou dispensável e não mereço viver. Ao contrário do que se poderia pensar, o deprimido não quer atenção por pena. Acredite, isso é perceptível. Queremos saber que as pessoas estão realmente interessadas em nossas vidas pois, naquele momento, nós próprios não estamos.

Hoje, dois meses após o diagnóstico inicial, X voltou a morar com seu(sua) cônjuge. Mantém as medicações diariamente, com aumento das doses e algumas trocas de medicações. Alguns efeitos adversos mantém-se, mas mais toleráveis. X realiza sessões de psicoterapia cerca de duas vezes por semana e, está certo(a) de que não há tratamento de depressão sem psicoterapia, não importa sua gravidade.
        
Finalmente, sobre o caso clínico, seguem as últimas colocações do Dr. Alexandre Pires, que concorda com a importância do apoio psicoterápico: as medicações são necessárias, pois o cérebro em depressão sente falta de alguns neurotransmissores e, por isso, não funciona direito. As medicações diminuem a ansiedade e dão força para a pessoa pensar e encontrar uma saída para seu(s) problema(s).

Contudo, o(s) problema(s) e causas de todo o processo só serão conhecidos com o direcionamento de alguém apto a escutar e traduzir o que se diz, ou de induzir questionamentos construtivos. É como se levássemos um carro sem combustível (neurotransmissores) mas com problemas de motor (a psiquê, do que trata o Psicólogo) um ótimo mecânico. Trocar um motor não o fará funcionar, do mesmo mesmo modo, apenas encher o tanque não resolve o problema do motor.

Contudo, psicoterapia só funciona se feita de maneira sincera e honesta, o que não quer dizer que deva contar a seu Psicólogo todos seus medos, traumas, raivas, angústias e “segredos sórdidos” logo na primeira sessão. Mas permita-se abrir-se. Lembre-se de que o que é dito ali é confidencial e que aquela pessoa não está lá para julgá-lo, por mais que você acredite que seus pensamentos são dignos de um filme de Hitchcok.

Talvez seja necessário procurar outros Psiquiatras ou Psicólogos. Sem problemas! Mas cuidado, principalmente ao trocar este último: é quando estamos nos aproximando do problema que ele se torna maior e a primeira reação é fugir. Claro, avalie bem sua situação e, se acreditar haver problemas de fato, não hesite: há ótimos profissionais por aí.
         
Aos amigos e familiares: entendam e respeitam a pessoa com depressão. Lembre-se que 1 em cada 10 jovens brasileiros pensa em suicídio (apesar da depressão não escolher idade). Acredite, ele(a) sabe que não está bem. Não o(a) force a realizar atividades; não monte um cronograma de horário e não chame pessoas para visitá-lo(a) sem antes consultá-lo(a). Existem flutuações bruscas, de um dia para o outro, e isso pode ser confuso. Há bons sites sobre como lidar com pessoas com depressão e podem ajudar em muito. Na dúvida, leve a pessoa a um Psiquiatra.

Mais importante de tudo: Transtorno de Humor Depressivo (o "mediquês" para depressão) é uma doença, assim como diabetes, pressão alta ou uma pneumonia. Não tenha medo ou vergonha de procurar alguém para conversar sobre seus problemas. Peça ajuda se pensamentos de inadequação ou morte começarem a lhe perseguir. E, sobretudo, existe cura!

Espero ter contribuído um pouco para desmistificar essa mal infelizmente tão comum mas que, esperançosamente, tem cura. Coloco-me à disposição para ajudar com dúvidas, dentro de meus conhecimento.

Depois do caso clínico e das explicações do Dr. Adriano Pires, agora segue um texto que é uma compilação de uma pesquisa feita em sites que tratam do assunto (links ao final), mas feito por uma pessoa leiga.

O termo Depressão pode significar um sintoma que faz parte de inúmeros distúrbios emocionais sem ser exclusivo de nenhum deles, pode significar uma síndrome traduzida por muitos e variáveis sintomas somáticos ou ainda, pode significar uma doença, caracterizada por alterações afetivas.

O público está certo ao estranhar a constante e abusiva presença desta "tal Depressão" em quase tudo que diz respeito aos transtornos emocionais, e os psiquiatras não estão menos certos ao procurarem descobrir uma ponta de Depressão em quase tudo que lhes aparece pela frente.

Do ponto de vista clínico, seria extremamente fácil e cômodo se a Depressão fosse caracterizada, exclusivamente, por um rebaixamento do humor com manifestação de tristeza, choro, abatimento moral, desinteresse, e tudo aquilo que sabemos ter uma pessoa deprimida.

Fosse assim tão típico e característico, até o amigo íntimo, o vizinho ou o dono da bar da esquina poderiam diagnosticá-la. A parte trabalhosa da psiquiatria está no diagnóstico dos muitos casos de Depressão atípica, incaracterística ou mascarada, bem como, perceber traços depressivos em outras patologias emocionais, como por exemplo, nos casos de Pânico, Fobia, etc.

A sintomatologia depressiva é muito variada e diferente entre as diferentes pessoas. Para entender melhor essa diversidade de sintomas depressivos, imagina-se que, entre as pessoas, a Depressão seria como uma bebedeira geral, onde cada pessoa alcoolizada ficasse de um jeito; uns alegres, outros tristes, irritados, engraçados, dorminhocos, libertinos. 

O que todos teriam em comum seria o fato de estarem sob efeito do álcool, estariam todos tontos, com os reflexos diminuídos, etc. Mas a atitude geral em resposta ao alcoolismo, cada um estaria de um jeito, de seu jeito. Diante da Depressão também; cada personalidade se manifestará de uma maneira.

A psicopatologia recomenda como válida a existência de três sintomas depressivos básicos, os quais dão origem a variadas manifestações de sintomas. Essa tríade da Depressão seria:

1 - Sofrimento Moral,
2 - Inibição Global e,
3 - Estreitamento Vivencial.

Compete à sensibilidade do observador, relacionar um sentimento, um comportamento, um pensamento ou sentimento, como a expressão individual de um desses três sintomas básicos, como sendo a expressão pessoal e adequada da personalidade de cada um diante da Depressão.

De acordo com o Dr. Dráuzio Varella, na Depressão, o existir é um fardo insuportável. “A tristeza é tanta que acordo pela manhã e não encontro razão para levantar; só saio da cama porque permanecer deitada pode ser pior”, queixou-se uma senhora depois do terceiro episódio da doença. “Na depressão, a vida fica por um triz”, observou ela.

Depressão é a tristeza quando não tem fim, quadro muito diferente do entristecer passageiro ligado aos fatos da vida. É uma doença potencialmente grave que interfere com o sono, com a vontade de comer, com a vida sexual, com o trabalho, e que está associada a altos índices de mortalidade por complicações clínicas ou suicídio.

É a mais comum de todas as enfermidades psiquiátricas, acomete mais as mulheres e apresenta caráter recidivante: depois do primeiro episódio, a probabilidade de ocorrer outro é de 50%; depois do segundo, sobe para 75%; e, depois do terceiro, para pelo menos 90%.

Se é uma doença psiquiátrica, que alterações acontecem no cérebro das pessoas deprimidas?

Há 40 anos a explicação mais aceita tem sido a de que no cérebro dos deprimidos haveria diminuição da produção de certos neurotransmissores (substâncias que agem na transmissão de sinais entre os neurônios), entre os quais a serotonina provavelmente exerceria papel preponderante.

A ideia de que baixos níveis de serotonina em certas áreas do cérebro seriam a causa da depressão foi reforçada pela demonstração de que o aparecimento de medicamentos capazes de aumentar as concentrações cerebrais desse neurotransmissor (das quais as mais populares são a fluoxetina e a sertralina) beneficiou grande número de pacientes.

Nos últimos dez anos, no entanto, a hipótese dos níveis inadequados de serotonina passou a ser cada vez mais contestada. O principal argumento contrário a ela foi o de que, embora concentrações diminuídas desse neurotransmissor tenham sido detectadas no sistema nervoso central de vítimas de tentativas violentas de suicídio, nunca foi possível demonstrar deficiência de serotonina no cérebro de pacientes deprimidos.

Em edição especial, a revista “Science” traz uma discussão sobre o conjunto de ideias mais aceito atualmente para explicar a depressão: a hipótese do estresse.
Segundo essa hipótese, em resposta aos estímulos agressivos do ambiente, o hipotálamo produz um hormônio (CRF) para convencer a hipófise a mandar ordem para as suprarrenais produzirem cortisol e outros derivados da cortisona.

Diversos trabalhos experimentais mostraram que esses hormônios do estresse (CRF, cortisol e outros) prejudicam a saúde dos neurônios, porque modificam a composição química do meio em que essas células exercem suas funções. A persistência do estresse altera de tal forma a arquitetura dos circuitos neuronais que chega a modificar a própria anatomia cerebral. Por exemplo, provoca redução das dimensões do hipocampo, estrutura envolvida na memória, e área fundamental para a ação das drogas antidepressivas.

Pesquisadores da Universidade de Emery, em Atlanta, demonstraram a existência de períodos críticos na infância em que sofrer violência física, abuso sexual, ausência de cuidados maternos e outros tipos de estresse emocional podem conduzir à hipersecreção de CFR no hipotálamo, com consequente liberação de cortisol pelas suprarrenais, alterações associadas à depressão na vida adulta. Os pesquisadores concluíram que “muitas das alterações neurobioquímicas encontradas na depressão do adulto podem ser explicadas pelo estresse ocorrido em fases precoces da infância”.

De fato, no estudo clínico conduzido em Atlanta, 45% dos adultos com quadros depressivos de pelos menos dois anos de duração haviam sido abusados, negligenciados ou sofrido perda dos pais na infância.

Outro achado importante para definir o papel dos hormônios do estresse foi a demonstração recente de que a injeção de CRF diretamente no cérebro de animais de laboratório induz o aparecimento de quadros típicos de depressão e de distúrbios de ansiedade, sugerindo que depressão e ansiedade tenham mecanismos comuns e possam ser induzidas por fatores semelhantes. Talvez seja essa a justificativa para a maioria das pessoas com depressão na vida adulta referir personalidade hiper-ansiosa na infância e adolescência.

Neurocientistas proeminentes defendem a teoria de que o mecanismo através do qual o estresse induziria depressão estaria ligado ao hipocampo: os hormônios do estresse suprimiriam o nascimento de novos neurônios nessa estrutura crucial para o processamento da memória. Tal suspeita ganhou ímpeto especialmente depois da publicação, meses atrás, de uma descoberta inesperada: depois de duas ou três semanas de tratamento com drogas antidepressivas começam a nascer novos neurônios no hipocampo (neurogênese). Esse achado explicaria também por que, apesar de os antidepressivos elevarem imediatamente os níveis cerebrais de serotonina, sua ação benéfica só se manifesta semanas mais tarde.

Existem fatores genéticos envolvidos nos casos de depressão, doença que pode ser provocada por uma disfunção bioquímica do cérebro. Entretanto, nem todas as pessoas com predisposição genética reagem do mesmo modo diante de fatores que funcionam como gatilho para as crises: acontecimentos traumáticos na infância, estresse físico e psicológico, algumas doenças sistêmicas (ex: hipotireoidismo), consumo de drogas lícitas (ex: álcool) e ilícitas (ex: cocaína), certos tipos de medicamentos (ex: as anfetaminas).

Mulheres parecem ser mais vulneráveis aos estados depressivos em virtude da oscilação hormonal a que estão expostas principalmente no período fértil.

Continuando com os ensinamentos do Dr. Dráuzio Varella, a seguir seguem os sintomas, diagnóstico, tratamento e recomendações relacionados à Depressão:

Sintomas

Além do estado deprimido (sentir-se deprimido a maior parte do tempo, quase todos os dias) e da anedonia (interesse e prazer diminuídos para realizar a maioria das atividades) são sintomas da depressão:

1) alteração de peso (perda ou ganho de peso não intencional);
2) distúrbio de sono (insônia ou sonolência excessiva  praticamente diárias);
3) problemas psicomotores (agitação ou apatia psicomotora, quase todos os dias);
4) fadiga ou perda de energia constante;
5) culpa excessiva (sentimento permanente de culpa e inutilidade);
6) dificuldade de concentração (habilidade diminuída para pensar ou concentrar-se); 7) ideias suicidas (pensamentos recorrentes de suicídio ou morte);
8) baixa autoestima,
9) alteração da libido.

Muitas vezes, no início, os sinais da enfermidade podem não ser reconhecidos. No entanto, nunca devem ser desconsideradas possíveis referências a ideias suicidas ou de autodestruição.

Diagnóstico

O diagnóstico da depressão é clínico e toma como base os sintomas descritos e a história de vida do paciente. Além de espírito deprimido e da perda de interesse e prazer para realizar a maioria das atividades durante pelo menos duas semanas, a pessoa deve apresentar também de quatro a cinco dos sintomas supracitados.

Como o estado depressivo pode ser um sintoma secundário a várias doenças, sempre é importante estabelecer o diagnóstico diferencial.

Tratamento

Depressão é uma doença que exige acompanhamento médico sistemático. Quadros leves costumam responder bem ao tratamento psicoterápico. Nos outros mais graves e com reflexo negativo sobre a vida afetiva, familiar e profissional e em sociedade, a indicação é o uso de antidepressivos com o objetivo de tirar a pessoa da crise.

Existem vários grupos desses medicamentos que não causam dependência. Apesar do tempo que levam para produzir efeito (por volta de duas a quatro semanas) e das desvantagens de alguns efeitos colaterais que podem ocorrer, a prescrição deve ser mantida, às vezes, por toda a vida, para evitar recaídas. Há casos de depressão que exigem a associação de outras classes de medicamentos – os ansiolíticos e os antipsicóticos, por exemplo – para obter o efeito necessário.

Há evidências de que a atividade física associada aos tratamentos farmacológicos e psicoterápicos representa um recurso importante para reverter o quadro de depressão.

 Recomendações

* Depressão é uma doença como qualquer outra. Não é sinal de loucura, nem de preguiça nem de irresponsabilidade. Se você anda desanimado, tristonho, e acha que a vida perdeu a graça, procure assistência médica. O diagnóstico precoce é o melhor caminho para colocar a vida nos eixos outra vez;

* Depressão pode ocorrer em qualquer fase da vida: na infância, adolescência, maturidade e velhice. Os sintomas podem variar conforme o caso. Nas crianças, muitas vezes são erroneamente atribuídos a características da personalidade e nos idosos, ao desgaste próprio dos anos vividos;

* A família dos portadores de depressão precisa manter-se informada sobre a doença, suas características, sintomas e riscos.  É importante que ela ofereça um ponto de referência para certos padrões, como a importância da alimentação equilibrada, da higiene pessoal e da necessidade e importância de interagir com outras pessoas. Afinal, trancafiar-se num quarto às escuras, sem fazer nada nem falar com ninguém,está longe de ser um bom caminho para superar a crise depressiva.

http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=53
http://drauziovarella.com.br/drauzio/estresse-e-depressao/
http://drauziovarella.com.br/letras/d/depressao/
http://www.psicosite.com.br/tra/hum/depressao.htm